A Estrela
pentagrama incorporada à ritualística maçônica é tão mais antiga que a própria
ordem. Existem entalhes de pentagramas em pedras que datam de a.C.3.000.
Alguns autores exibiram explicações
a cerca de seus mistérios na ritualística maçônica, alguns disseram que a
Estrela é uma obra de Pitágoras e nomeada de “Agrippa”, outros dizem que nossa
estrela é a estrela guia, que guiou até Cristo os três Reis Magos.
A confusão a cerca da simbologia
maçônica não é algo inerente a apenas esta era, pois, somos aculturadores e
também aculturados, então, o significado do símbolo dependerá também do nosso tempo
contemporâneo, ou seja, nosso aqui agora.
Descartar qualquer informação, sobre
qualquer elemento é um atroz erro, um atentado ao nosso povo e nossa história,
pois, a especulação, por mais errônea que seja, tem a capacidade de nos
inquietar, com isso nasce nosso desejo de conhecer, a sede por conhecimento.
Os povos
antigos, Macedônicos, Fenícios, Egípcios e outros, acreditavam que os Deuses
habitavam as estrelas, como denuncia o livro “Amós” (5:26), os egípcios
adotaram a “estrela-cão” ou seja, Sírius como um dos seus Deuses a mais
brilhante de todo o céu.
Conforme ressalta nosso Ir.: Kennyo Ismail em 2011, “não importa o significado que a
estrela tenha para os índios da tribo dos tapajós ou para os esquimós. Estamos
tratando aqui de Maçonaria.”
Porém, devemos reconhecer que a simbologia e o
significado da geometria sagrada não são de exclusividade da maçonaria e dos
maçons, existem religiões pautadas no assunto, existem estudos na física
quântica, ritos de varias seitas gnósticas, filosóficas e cientificas. Alguns
em conformidade com nossa “discreta sociedade”, outros paralelamente distintos.
O livro
“Atos” (7:43), cita o tabernáculo de Moloch e “a estrela do deus Renfan”.
Renfan era um dos nomes pelos quais os egípcios chamavam Sirius, Enquanto no
Antigo Testamento relata outras passagens que citam o deus Moloch.
Rei
Salomão edificou um altar em homenagem a Moloch, como é possível esse
conhecimento? Simplesmente, existirá um símbolo no altar, uma estrela, a mais
brilhante estrela do céu.
Considerando
o papel do Rei Salomão para a Maçonaria e suas maneiras peculiares a cerca da
história e vida, devemos expor como um dos objetos centrais a questão da
dualidade, a dualidade é a existência comum da matéria e o espirito, na
maçonaria a matéria prevalece sobre o espirito no grau de aprendiz, mede forças
com o espirito no grau de companheiro e sucumbe ao espirito no grau de Mestre
Maçom.
Qual a
relação de todas essas informações com a estrela Flamígera?
A relação
se explica na própria experiência de Salomão, que ao principio da vida e de
modo profano se dedicou ao prazer e as experiências da matéria, com o tempo, e
o trabalho de lapidação da moral e ética aconteceu a vitória do espirito sobre
a matéria, a dualidade enfrentada por Salomão culminou na sua reverência a
Sírius, a estrela mais brilhante do céu e por isso o termo “flamígera”, é fácil
compreender o importante papel simbólico que a Estrela Flamígera ocupa no grau
de Companheiro Maçom. Não existe melhor maneira de simbolizar tal dualidade aos
Companheiros do que através do exemplo do próprio Rei Salomão, identificada no
Templo por Sírius, a Estrela Flamígera.
A Estrela
Flamígera representa as forças e os perigos que podem desvirtuar até o homem
mais sábio dos caminhos da retidão que leva à Verdade.
Com
audácia exploro que para muitos a estrela assim como a espada é Flamígera e Flamejante, pois apresenta
chamas e também lança suas chamas.
A chama
enquanto luz é também filtro das maledicências, egocentrismos, vícios, é o caminho clareado em meio ao caos
e a escuridão, sendo também, um tipo de elixir que nos abençoa quando somos
alvo de suas chamas lançadas, clareando nossas turvas vistas, abrindo caminho
para que também possamos semear a liberdade, igualdade e fraternidade, é a luz
que nos armará contra a ignorância, os preconceitos e os erros.
M.:M.: Murilo Naves
GOB-MG
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