Antes
de apresentar as cinco ferramentas do grau de Comp.: M.:, é necessário entender
que o Ap.: M.: já possui três, a régua de 24 pol, o maço e o cinzel, que foram
as ferramentas que ele utilizou para desbastar a pedra bruta, ou seja, com duas
ferramentas do grau de Ap.: M.: e mais as cinco ferramentas do grau de Comp.:
M.: totalizam-se por hora, oito ferramentas.
A primeira viagem exige força e
perseverança, conforme todos os trabalhos da coluna do norte JONICA que
representa a força necessária pra o primeiro trabalho com as ferramentas do
aprendiz.
O maço exige do maçom dedicação, pois se trata de um
trabalho duro e penoso, já o cinzel demanda atenção para que o trabalho não
seja desviado do que o mestre determinar. A régua de 24 pol.: representa o
principio da medida, a retidão, o compromisso com o juramento e família 24
horas por dia.
A P.: B.: representa o homem, que cheio
de arestas e imperfeições deve ser aprimorado, com brutas ferramentas de
malhar, seguir e cortar.
A segunda viagem do grau de Comp.: M.:
é o primeiro passo da arte, por isso o Comp.: M.: deixa seu posto do norte e será
abrigado no Sul na coluna CORINTIA que é o significado da beleza. Para a viagem
o Apr.: M.: é apreciado com mais duas ferramentas, o compasso e a régua.
A régua é um instrumento de medida, de
traçado reto, ela também simboliza o caminho da retidão moral, ética,
fraternidade, igualdade...
O Compasso é um instrumento de traço
circular, ele é o simbolismo das lutas, do trabalho e da justiça no seu campo
de atuação.
A régua e o compasso juntos são
ferramentas que permitirão aprimorar o trabalho já iniciado com o a régua de 24
pol.:, o maço e o cinzel, são ferramentas de precisão e também de criatividade
e beleza.
Realizada a contento a segunda viagem do
aspirante a Comp.: M.: é momento de praticar a terceira viajem: o instrumento
e/ou ferramenta é a Alavanca junto com a régua que permite alavancar objetos,
posiciona-los, seu simbolismo é a força irresistível da vontade, secunda pela
inteligência e pela bondade, muito parecida com a régua, porém, na verdade são
complementares, a régua deve sempre acompanhar a alavanca, pois toda ação,
quando submetida ao dever, à equidade, será digna da justiça. Com a capacidade
operativa das ferramentas é dado ao Apr.: M.: a competência para grandes
trabalhos.
A quarta viagem é o momento em que o
Apr.: M.: tomará ciência de vários conjuntos de ferramentas, será praticada com
o compasso, ocupando-se integralmente de levantar o edifício, sua grande obra,
seu todo, o compasso ensina ao Apr.: M.: que a aplicação, zelo e inteligência
mostrados nos seus trabalhos maçônicos são responsáveis por atestar sua
elevação, o compasso sinaliza a construção em direção ao seu todo, bem como a
colocação dos matérias necessários a sua obra.
A quinta viagem, com auxilio do IIr.:
Exp.: o aspirante faz sua ultima viagem do grau, com uma espada apontada ao
coração pelo IIr.: Exp.:. A viagem é contemplativa, porém, muito carregada de
simbolismos e emoções, é o momento da verdade, da cura das angustias do mundo
profano, da renovação de seu juramento interior, é o momento em que se pesa seu
progresso até aqui, contra a espada um coração que se bem lapidado nada teme. A
quinta viagem no seu sentido mais amplo, ensina ao aspirante que ele mesmo é a
ferramenta, da cura da doença, dos vícios das profanidades da vida comum.
As viagems simbólicas e as provas que submetidos em
conjunto com as ferramentas maçônicas respectivamente representam os aprendizados,
desafios e as armas de um maçom, não para que o mesmo enfrente o mundo, mas
para que enfrente a si próprio, que possa se polir e lapidar, pois, ao
enfrentar o mundo profano o maçom bem lapidado conseguirá êxito em sua batalha,
fará com perfeição e assertividade seu trabalho.
M.:M.: Murilo Naves
GOB-MG
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