terça-feira, 2 de abril de 2019

As “Oito” Ferramentas do Companheiro

         Antes de apresentar as cinco ferramentas do grau de Comp.: M.:, é necessário entender que o Ap.: M.: já possui três, a régua de 24 pol, o maço e o cinzel, que foram as ferramentas que ele utilizou para desbastar a pedra bruta, ou seja, com duas ferramentas do grau de Ap.: M.: e mais as cinco ferramentas do grau de Comp.: M.: totalizam-se por hora, oito ferramentas.
         A primeira viagem exige força e perseverança, conforme todos os trabalhos da coluna do norte JONICA que representa a força necessária pra o primeiro trabalho com as ferramentas do aprendiz.
O maço exige do maçom dedicação, pois se trata de um trabalho duro e penoso, já o cinzel demanda atenção para que o trabalho não seja desviado do que o mestre determinar. A régua de 24 pol.: representa o principio da medida, a retidão, o compromisso com o juramento e família 24 horas por dia.
         A P.: B.: representa o homem, que cheio de arestas e imperfeições deve ser aprimorado, com brutas ferramentas de malhar, seguir e cortar.
         A segunda viagem do grau de Comp.: M.: é o primeiro passo da arte, por isso o Comp.: M.: deixa seu posto do norte e será abrigado no Sul na coluna CORINTIA que é o significado da beleza. Para a viagem o Apr.: M.: é apreciado com mais duas ferramentas, o compasso e a régua.
         A régua é um instrumento de medida, de traçado reto, ela também simboliza o caminho da retidão moral, ética, fraternidade, igualdade...
         O Compasso é um instrumento de traço circular, ele é o simbolismo das lutas, do trabalho e da justiça no seu campo de atuação.
         A régua e o compasso juntos são ferramentas que permitirão aprimorar o trabalho já iniciado com o a régua de 24 pol.:, o maço e o cinzel, são ferramentas de precisão e também de criatividade e beleza.
         Realizada a contento a segunda viagem do aspirante a Comp.: M.: é momento de praticar a terceira viajem: o instrumento e/ou ferramenta é a Alavanca junto com a régua que permite alavancar objetos, posiciona-los, seu simbolismo é a força irresistível da vontade, secunda pela inteligência e pela bondade, muito parecida com a régua, porém, na verdade são complementares, a régua deve sempre acompanhar a alavanca, pois toda ação, quando submetida ao dever, à equidade, será digna da justiça. Com a capacidade operativa das ferramentas é dado ao Apr.: M.: a competência para grandes trabalhos.
         A quarta viagem é o momento em que o Apr.: M.: tomará ciência de vários conjuntos de ferramentas, será praticada com o compasso, ocupando-se integralmente de levantar o edifício, sua grande obra, seu todo, o compasso ensina ao Apr.: M.: que a aplicação, zelo e inteligência mostrados nos seus trabalhos maçônicos são responsáveis por atestar sua elevação, o compasso sinaliza a construção em direção ao seu todo, bem como a colocação dos matérias necessários a sua obra.
         A quinta viagem, com auxilio do IIr.: Exp.: o aspirante faz sua ultima viagem do grau, com uma espada apontada ao coração pelo IIr.: Exp.:. A viagem é contemplativa, porém, muito carregada de simbolismos e emoções, é o momento da verdade, da cura das angustias do mundo profano, da renovação de seu juramento interior, é o momento em que se pesa seu progresso até aqui, contra a espada um coração que se bem lapidado nada teme. A quinta viagem no seu sentido mais amplo, ensina ao aspirante que ele mesmo é a ferramenta, da cura da doença, dos vícios das profanidades da vida comum.

As viagems simbólicas e as provas que submetidos em conjunto com as ferramentas maçônicas respectivamente representam os aprendizados, desafios e as armas de um maçom, não para que o mesmo enfrente o mundo, mas para que enfrente a si próprio, que possa se polir e lapidar, pois, ao enfrentar o mundo profano o maçom bem lapidado conseguirá êxito em sua batalha, fará com perfeição e assertividade seu trabalho.


M.:M.: Murilo Naves
GOB-MG

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